Há que se cuidar dos versos.
Há que se cuidar dos versos, dos ventos, das sinfonias e dos sonhos.
Solta, caminha em vão a poesia, encanta-se com a melodia, perde-se no silêncio da alma adormecida, entorpecida pelas palavras embriagantes do completo vazio.
Solta e livre, e louca perde-se entre acordes falsos de ruidosas canções desconexas e ri, solto riso debochado e cético, descrente da própria ignorância.
Morre o poeta pobre, de rimas pobres e completo silêncio; cala-se a sinfonia inacabada de uma existência sem cor, sem som e sem nada.