Mãos Espalmadas
Trago em minhas mãos espalmadas
o odor das flores a ti que despetalei
na ânsia que logo após despetaladas
retribuir-me-ias o amor que dediquei
Quis, no entanto, as dragas do destino
não fosse a hora ou mesmo o instante
de tê-la às graças de um sol vespertino
em meus abraços a ofegar e delirante
Meus versos não emudeceram, ora viva!
pois sei tratar-se de uma questão breve
de tempo: a chama reacenda, sobreviva
o futuro uma vida de encanto nos reserve
E assim, posto que meu coração te espere
me encha mais e mais de deslumbramento
e minha alma a tua candidamente venere
a vivermos felizes sempre a cada momento