Mãos Espalmadas

Trago em minhas mãos espalmadas

o odor das flores a ti que despetalei

na ânsia que logo após despetaladas

retribuir-me-ias o amor que dediquei

Quis, no entanto, as dragas do destino

não fosse a hora ou mesmo o instante

de tê-la às graças de um sol vespertino

em meus abraços a ofegar e delirante

Meus versos não emudeceram, ora viva!

pois sei tratar-se de uma questão breve

de tempo: a chama reacenda, sobreviva

o futuro uma vida de encanto nos reserve

E assim, posto que meu coração te espere

me encha mais e mais de deslumbramento

e minha alma a tua candidamente venere

a vivermos felizes sempre a cada momento

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 11/10/2016
Código do texto: T5788267
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