O toque
Meu corpo treme com a última lembrança que tenho sua
Sua respiração,
Seus batimentos,
O seu amor.
As árvores matem o sol persistente em seus galhos
Velado como uma mulher,
Evocando outro tempo
O crepúsculo que passa... Lamentando.
Meus dedos percorrem...
Trêmulos, provocantes...
As linhas do seu quadril.
Meus dedos engenhosos esperam até encontrarem a carne pétala
Sob o manto que os separam.
Como é curioso, complexo, o toque dessa sutil arte...
Como o som da fragrância, o milagre do som.
Sigo lentamente o contorno gracioso dos seus quadris,
As curvas dos seus ombros,
Do seu pescoço,
Dos seus seios não saciados.
Em sua volúpia alva,
Meu desejo repousa.
Desfalecido...
No recusar dos seus beijos dos seus lábios.