Sou flor, espinho e dor

No véu do teu mistério desaguo doce em sal

Sorrindo no horizonte com a promessa de um alvorecer

Entre dois mundos uma cascata de saudade sem igual

Levando a música ás estrelas, para não esquecer

Se as vezes sou espinho, não culpe o meu rubor

Que de nada tem de belo, ao causar a tua dor

Onde há lágrimas de escuza, por amor

Não culpes o veneno que transborda pelas pétalas dessa estranha flor

Que ao teu jardim, de novo, me planto

Contornando minhas defesas e escondendo meu pranto

Se arrependimento realmente matasse

Não haveria flor que, no mundo, sobrasse

Do meu silêncio não te espantes, por favor

Não desamo o teu nome pela dúvida que causou

Sou pétalas e espinhos, as vezes frios

Que se aquecem em teu riso, meu amor