Intimidade
Quantas portas te abri, senhora,
Deixando entrar pelo amor de Deus
Estranhos famintos de desejo
Soletrando intimidade no corpo
Fecundando no ouvido palavra de paraíso
Lendo nas pernas outro alfabeto?
Agora, senhora, a porta se abre e fecha
A esses desejos quando quer soletrar
Nomes de velhos amores aprisionados
Deles amarraste o laço puxando o nó
Sem desconfiar que o pecado se vestia de amor
Castro Rosas