Minha alma de mim se separa
E corre pela noite que ensaia acordar
Enquanto o crepúsculo se prepara
Para lhe ceder o seu lugar.
 
Minha alma sobrevoa as nuvens
Sonhando ser Marília de Dirceu,
Belos arabescos no infinito traçando

Pelo seu corpo descoberto dos véus.
 
Z

Nunca encontra nas viagens incansáveis
percorrendo aleatória o espaço ao léu,
nem por instantes ou só de passagem,
A sua alma  passeando pelos céus.
 

 
Pergunto-me se ela se esconde
Ou simplesmente não percebe a minha
Que sai todas as noites à procura
Da sua enquanto ansiosa caminha!
 
Assim, quando a noite vai chegando
Tomando o lugar do entardecer
Minha alma se separa de mim
Sobrevoando o vazio em busca de você!

 


Z





 


Najet Cury, Janeiro de 2016
Editado em Outubro de 2016

 
Najet Cury
Enviado por Najet Cury em 02/10/2016
Reeditado em 02/10/2016
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