sangue amargo
Chego em casa na madrugada fria e escura
Abro a porta, mas deixo o vento que me acompanha entrar na minha frente.
É grande a solidão que me faz companhia
Parece resultado dos erros que cometi
Andei pelos becos fétidos e imundos dessa cidade
E nada encontrei que acalmasse meu coração
O cheiro da rua ainda empreguinado em meu corpo
Me faz lembrar da triste noite que fiquei a vagar
Me olho no espelho e é não me reconheço
Ainda sangra as feridas deixada em minha alma
E o gosto desse sangue amargo presente em minha boca
Me faz esquecer do nosso último beijo
E essa madrugada longa e escura
Que não deixa a luz da sol entrar no meu quarto
E assim vou levando uma vida desregrada
Até quando meus olhos não se abrirem mais
Abatido pela sua ausência e não suportando a falta que vc me faz.