CAIS

Perdoe esse jeito estranho

de olhar a vida por detrás de um pano,

de sentir no peito esse amor

insano.

Perdoe se não falo mais

de amor, de olhar sério demais,

de ficar horas e horas

olhando o cais.

Perdoe se não lhe trato

com toda ternura merecida

deixando de lado o que tenho

de belo na vida.

Perdoe minha falta de sono,

do triste abandono,

de meu sorriso falho,

meio sem dono.

Perdoe minha cara amarrada,

pouco ciúme,

muito queixume,

na verdade azedume.

Perdoe se não sou

tudo aquilo que imaginou,

sendo apenas um homem comum

sentindo dentro de si algo que passou

atanazio mario fernandes Lameira
Enviado por atanazio mario fernandes Lameira em 08/10/2005
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