Prazer, Outra.

Me falha a vista e não enxergo o que é tão claro.

Eu que sagaz, sempre soube encaixar os fatos.

Só sei do que eu sinto. Sentimento esse intenso,

Sentimento que agora descontrolo e é imenso!

Sou sombra fresca, mas apenas sombra. E ela, não é.

És puro dentro de toda nossa impureza, e eu, eu não.

Ouço rumores lá fora e suplico por sua voz, qual trovão.

Como menina tímida me firo me corto e isso dá prazer.

Como automutilação desejo teus olhos. E ela os tem.

Desejo teu corpo, alma, sorriso. E são dela também!

Caio no sono, uma lágrima escorre sozinha. Como eu.

28/09/2016 - 23h20min

Camila Cabral
Enviado por Camila Cabral em 29/09/2016
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