Prazer, Outra.
Me falha a vista e não enxergo o que é tão claro.
Eu que sagaz, sempre soube encaixar os fatos.
Só sei do que eu sinto. Sentimento esse intenso,
Sentimento que agora descontrolo e é imenso!
Sou sombra fresca, mas apenas sombra. E ela, não é.
És puro dentro de toda nossa impureza, e eu, eu não.
Ouço rumores lá fora e suplico por sua voz, qual trovão.
Como menina tímida me firo me corto e isso dá prazer.
Como automutilação desejo teus olhos. E ela os tem.
Desejo teu corpo, alma, sorriso. E são dela também!
Caio no sono, uma lágrima escorre sozinha. Como eu.
28/09/2016 - 23h20min