O AMOR

O amor deve ser um bichinho

Bem pequenino, invisível a olho nu...

Talvez pontiagudo, penetra nossa pele...

Trespassando o corpo de norte a sul.

Também deve ser muito ligeiro

Certamente é tipo um embrião

Pois percorre nosso ser

E vai direto ao coração.

Inicialmente causa mal estar

Náuseas, insônia, calar-frios...

É a falta do saber o que se passa

Que nos deixa assim, sem graça.

Mas aos poucos se percebe

Uma falta sabe-se lá de quê...

Uma vontade de querer

Um desejo de ver.

Aí se percebe então

Que o embrião se transformou...

Cresceu assustadoramente

E passou a se chamar amor.