Essências do meu interior
Não há como provar a eficiência da matemática
Dissertando sobre regras de gramática
Não há como provar estranhos sabores
Com os olhos, apenas devorando as cores
Não há como explicar a alquimia
Sem falar de sua não tão vã filosofia
Não há como conhecer o bálsamo do amor
Sem tê-lo experimentado, como alívio no calor
Não há como provar a existência de Deus
Pela ciência pagã, venerada por ateus
Pois ver a beleza de uma rosa bela
É reconhecer minha própria beleza, refletida nela
Só consigo ler e interpretar uma poesia
Pelo domínio da língua que aprendi um dia
Por isso apenas reconhecendo em mim o meu Deus interior
Posso conhecer o Divino Deus de Sublime Amor
...
Meu coração machucado compreende o seu
Eles sentem que o nosso amor morreu
Minha mente tenta ler seus pensamentos:
Lamentos e tormentos: correspondência de sentimentos
E os corações conversam enquanto as bocas calam...
Nossas poesias versam o que os gestos denunciavam
Um verdadeiro poeta reconhece outro
Sabe quem é pepita e quem é puro ouro
Minha luz se alegra e com amor se junta à sua
Não há mais dentro de nós parte alguma ainda escura
Hoje sei que o destino favorece a nós...
E quero que todos ouçam pela nossa voz:
O tanto que eu não te compreendia
Era o que de você, em mim não vivia.