Lábios vermelhos num rosto de deusa

Lábios vermelhos num rosto de deusa

Pálida pele, olhos de estrela

Negros cabelos, veja que beleza

Carrega nas feições minha abelha.

"Desiludir-me", foi o que me disse,

Maravilhar-me foi o que me fez,

Se a roleta da sorte existisse

Teria chegado a minha vez.

Se essa Afrodite gosta de mim,

Meu Deus, milagres acontecem SIM.

Eu, se muito, se muito!, sou "feinho",

Você, se muito pouco, é incrível,

Salvou-me de envelhecer sozinho,

Presenteou-me com o impossível.

E nem venha me dizer o contrário,

Eu estava certo sobre meu rumo!

Morreria sem ter um narratário,

Sem você seria só o meu mundo.

Mas você surgiu, gostou do horrível,

Tomou atitude inteligível.

Chegou ao ponto inacreditável

De enviar-me fotos de batom…

Nunca na vida eu vi tão amável

Sorriso que tinha cheiro e som.

Toque e sabor também quis provar,

Mas está tão longe, longe de mim,

Lábios vermelhos de meu paladar,

Distância interminável, sem fim.

Somente os lábios mais macios

Despertariam meus cinco sentidos.

Atrás dos óculos, ó palhacinha,

E atrás da tela me fez vibrar,

Imagina se estiver na minha

Frente? Ai, duvido não desmaiar.

Conquistou-me de tal grande maneira

Que tudo em você me apaixona,

Então, minha Abelha, queira ou não queira,

Desejo dar-lhe minha vida toda.

Porque você me faz tão bem sorrir

Que seria burro me despedir.

Abelha, quando está de batom

Minhas pernas tremem e eu desabo.

No chão proclamo,"vi que era bom",

E num profundo sono eu desmaio.

Não é possível que seja real

Tamanha beleza numa pessoa,

Ser assim tão linda não é normal,

Não é normal nem pra uma garota!

Beatriz, Capitu e Julieta,

Que são elas diante da Abelha!?

Céus, elas nem sequer existiriam

Se os beletristas vissem Abelha!

Ciúmes!! Até deuses olhariam!!

Ela é uma nova Alcmena!!

Nos braços de um, se muito!, feinho,

Está deixando deixando de ter o que deve.

Está tudo bem me deixar sozinho,

Vá logo atrás de alguém que a merece.

Meu Deus, essa roleta da sorte

Não cai duas vezes antes da morte.

21/9/2016

Malveira Cruz
Enviado por Malveira Cruz em 22/09/2016
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