SEMENTES DO AMOR

Meu coração é um cruzado

Que luta pela pátria e religião

Sua religião é o amor

Sua pátria é a paixão

Se veste como os samurais

Roupas gastas e maltratadas

Perde-se e no escuro se debate

Nas paredes do peito abafadas

Toma os tragos em silêncio

E seu bater é inconstante

Embriaga-se de ansiedade

No seu universo mutante

Cavalga nos campos da solidão

Fugindo das teias da mágoa gelada

Onde a dor aprisiona o que resta do amor

E da esperança que se acaba

Contudo a solidão o move de novo

A embrenhar-se na floresta do amor

Na busca dos sonhos, essas sementes

Que só germinam nos campos da dor

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 23/07/2007
Reeditado em 27/05/2017
Código do texto: T576830
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