SEMENTES DO AMOR
Meu coração é um cruzado
Que luta pela pátria e religião
Sua religião é o amor
Sua pátria é a paixão
Se veste como os samurais
Roupas gastas e maltratadas
Perde-se e no escuro se debate
Nas paredes do peito abafadas
Toma os tragos em silêncio
E seu bater é inconstante
Embriaga-se de ansiedade
No seu universo mutante
Cavalga nos campos da solidão
Fugindo das teias da mágoa gelada
Onde a dor aprisiona o que resta do amor
E da esperança que se acaba
Contudo a solidão o move de novo
A embrenhar-se na floresta do amor
Na busca dos sonhos, essas sementes
Que só germinam nos campos da dor