Não era a mão destemida, o tronco viril,
nem a pele a leite e açúcares
Não, não era...
Sequer eram os olhos de sóis amantes,
que sangravam meu peito, por cima das horas
Era a voz, rubra de muitas vindimas,
a exalar o hálito doce dos bagos,
num sopro aveludado, sedoso, de Poeta ;
que me aliciava à vontade
dos lençóis brancos, com as rosas à volta
E ainda agora, sinto que é esse sopro
que no interior da pele esvoaça.