Não era a mão destemida, o tronco viril,
       nem a pele a leite e açúcares
       Não, não era...

       Sequer eram os olhos de sóis amantes,
       que sangravam meu peito, por cima das horas
        
       Era a voz, rubra de muitas vindimas,
       a exalar o hálito doce dos bagos,
       num sopro aveludado, sedoso, de Poeta ;
       que me aliciava à vontade 
       dos lençóis brancos, com as rosas à volta

 
       E ainda agora, sinto que é esse sopro
       que no interior da pele esvoaça.





 

Ouvindo... 


 

DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 21/09/2016
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