O que faço da vida...
E entreguei a palavra do meu coração,
Ao violão que aguardava num canto do rancho...
A questão é saber, se deixar envolver,
Pelo bem, pelo mal, mas que tal
Se o galpão pede lenha, a saudade uma senha,
E a vida um buçal
Por meu lado a tristeza assentou no silêncio
Umas quantas de lua...
E marcou na paleta, as tropilhas que a dor
Lastimou no cavalo as pechadas da lida
As razões que se têm, me castiga o chapéu,
De tormenta e suor mas o pior
É cuidar da manada, quando a tropa desgarra,
Com o focinho no sal
Amada, apura !... Me serve um mate
Enquanto late a cachorrada...
Lambendo a baba o gado mostra,
Que a vida gosta um pouco mais
Ademais amor, ademais amor,
A poesia tem planos pra nossa dor.
( Letra e música - Mauro Moraes )
Ao violão...