O sim no som dos sinos
Os maduros, por demasiadas vezes aprofundados na turbulência do raciocínio
Em pré- determinados pontos de abstrato sucesso, inalienável e complexo
Utilizam os contos alheios pra fugirem de suas próprias histórias
Numa válvula de escape inaudita
Realidade impalpável, por vezes imaginada
Improvável
Defectível
Saudade não é ausência ou falta de alguém
É a presença do ser que inteira
Por onde andar
O pensamento!
A tradução do indizível ocorre com signos augustos
De bem- querer
O que traz a felicidade?
- A persistência na crença dum novo amanhã, mais alegre
Mais justo!
E para se estabelecer, sorte não basta,
É preciso haver competência!
Esta não se vende, não se dá, nem se empresta!
- Sim, a completude é por mérito de força e crença!
Lembro:
- Bebi na taça dos tormentos
Segui contigo enfrentando teus medos
Sorvi os maiores pesadelos
Que habitavam a humana mente
Nos meus braços te aconcheguei
Sofri todos os danos que um homem pode sofrer
Por amar uma mulher que desconhecia o amor,
E ainda duvidou das palavras casadas com os gestos?
Em seguida...
Foste moída dentre as fortes mãos de vagas esfíngies
Em nome das luzes dos salões
Da soberba
Da vaidade,
Entregou- se fácil aos orgulhosos
Pôs o caráter
De lado
Buscando a facilidade dos atalhos
Te puseram como material à venda
Esperei o término dessa jornada insana,
Inconsequente,
Atordoada se sentiu
Não alegre me senti
Mesmo assim buscaste incontáveis números de folego renovado
E continuou a submissão, por soberba de quem não reconhece o Equívoco da rota
Depois de calcar quem te amava
Ao seu redor, colegas de procissão do nada
Até que só houvesse o reflexo na clareza das águas
Passaste por cima de si mesma
Entregou- se aos vícios que consomem as essências naturais
Acabaram- se as festas, tua beleza minguou
E, no concreto, o que restou?
Estancou os pés na corrente corrosível dos anéis
Áureas algemas apertadas, cintos de pedras incrustadas,
Em suma,
As lágrimas, o mar e a solidão
Terra que ninguém vê, grito mudo, a música clássica aos surdos
Um mapa nas mãos dos usurpadores de astros luzidios
Papel em branco, lápis sem ponta, o tom cinza dos céus
As rédeas da vida entrelaçadas nos polegares indiferentes
A modelo das décadas posteriores
Se opta de fato
O espírito da verdade retifica, fale pouco, ouça mais
A dor é lição de vida
Todavia
Se queres mais alegrias
Açore os lábios da paixão
Siga a linha que o coração diz
Não julgues sem conhecer a fundo
Pois fantasias não limpam pessoas sujas
Já te falei dos voluntários abraços
Da valorização das boas ideias e da cultura do corpo
Do cansaço e da imensidão
Do pacto secreto que fizeste na escurez do quarto
Do que vai acontecer se caminhares sem direção
Às pessoas que estavam próximas
Fizeram- te sentir no vácuo, no abismo, distante
Te arranquei de lá, por amar,
E da lama que a ti enfiaste
Agora estás completamente limpa
Deseja mais claridade de entendimento?
Nos calabouços, labirintos e insucessos é que permanecem perto os amigos
Já te mostrei o inimigo no espelho das horas espelhadas
Cara a cara, só, com o adverso, o verso e adversário
Para ti foram abertas as portas da labareda eterna,
Para que visse as consequências, antes de escolher,
Saíste ilesa...quer mais provas de amor completo?
Tem certeza que precisa de mais?
Sossega- te e administres o que tens!
O vento de desejos pessoais corroi lentamente o tempo espontâneo da Fortuna e felicidade latente
Sem beleza tangível
De riqueza plangente
Luxo e pobreza
Crítica ou elogio
Inevitáveis
Mesmo quando não tiver mais nada
Para oferecer, ser em verdade você
A presença do amor bastará
A perfeita companhia
Um
Unidos
Unitário
Univitelinos
Perseverantes
No meio, fim e princípio...
Atingindo a estrela dos dias
E a claridade das almas se faz
Em primeiros segundos dos dias
Deitados na grama, noite de estrelas e lua,
Enamorados pelo clima de beijos vermelhos benditos
Admirando a Eternidade brilhante de nós suspensos do chão real...
Elevados à grandeza da caixa de estrelas argênteas e das leves auras
Que complementam o "Para sempre!" num instante universal!