NAQUELA NOITE

Naquela noite sem luar, sem vento,
que encantamento, eu te conheci,
porém, a paz que me revestia,
desde esse dia nunca mais a vi.

Naquela noite meu ingênuo,
meigo e sereno encontrou o teu
e esse encontro tão improvisado,
foi o culpado dos anseios meus.

Naquela noite estranha cegueira,
como feiticeira, turvou minha vida,
hoje estou mudada, eu me desconheço,
e neste enlevo me sinto perdida...

Ah! que ventura se naquela noite,
todo o açoite que o destino lança,
desabrochasse em mimosas flores,
cujos odores fossem esperanças.

Se a esperança dessa noite fosse, 
a realidade das noites futuras,
eu provaria o amor mais doce
e findaria minha desventura... 


(imagem do google)