ASSEGURO-TE!
 
Asseguro-te:

Tua morada é em meus sonhos e pensamentos
Teu corpo ainda é volúpia nesta alma insurreta
Estações  renovam-se, tocas meu ser tangente
Na minha outonidade, tua voz ainda   é musica.

 
Tardes finais de arrebóis, passeiam tuas mãos
Navegam teus desejo, inveja para o por do sol
Corpo salgado pelo solfejo das ondas tépidas
Unem-se   caliencias, transgressões, arroubos

 
E  na rebeldia desta saudade inquieta, vivo
E sem   compreender teu abandono, rogo-te
Hás de  sentir como sinto! Hás de lembrar!
Caminhadas nossas,  alamedas  de girassóis.