FOME DE AMOR

Quando olho o horizonte

não vejo mais ninguém

no meu futuro só te vejo;

de vez em quando me vem

uma vontade de sair

por aí e conquistar

um novo amor

mas é só pra testar

o meu ego de conquistador

que na verdade nunca tive

e nunca me faltou;

e com muita dor eu digo

que ao final

tudo acaba mal,

o sentimento de culpa

por buscar um prazer

que sei não vou ter;

mas ao tentar

ao pensar no que pensei

no que você vai pensar

penso que não mereço

ser amado por você

embora eu queira esse amor;

e quando é noite no meu quarto

sem ter seus abraços

preciso conter meus desejos

de amar e sentir prazer

tentar dormir e esquecer

esperar por você

pra sentir o amor arder na pele

na prática...

e esquecer um pouco a teoria,

a poesia...

que na infância minha

ao me entregar no primeiro beijo

que na verdade passou em branco

e nem gosto tinha;

a mocidade veio e com ela outros desejos

e a carne tinha fome de outras carnes

que como dizem por aí, é fraca!

A minha anda passando fome,

fome de você...

que me alimenta e me satisfaz.

Júnio Dâmaso
Enviado por Júnio Dâmaso em 23/07/2007
Reeditado em 25/07/2007
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