Voz
Queima o ar e chama-nos a terra.
Trazes o fogo, a seda e a ousadia
à devassidão da hora.
Na tua boca há beijos
e palavras obscenas.
Há cânticos e desespero.
O corpo que foi inocente
abre-se a excessos e acolhe
subterrânea a voz da morte.
Morremos.