*_ A BELEZA QUE VOCÊ NÃO VÊ...


Estou em algum lugar do universo, talvez sentado
num café ou num muro feito de pedras toscas e
aleatórias na Itália.
Ou numa cidadezinha perdida num mapa qualquer
escondida no tempo.
Quem sabe numa casinha, numa campina de flores
balançando ao vento num dia de sol radiante.
Talvez eu nem exista mais diante de um mundo
que me criou.

Sou o escrevente...

Um homem que sonhou vidas e viveu batalhas.
E aprendeu tanto a perder quanto ganhar.
Que tanto soube gargalhar como verter água pelos
olhos...
Que caiu de joelhos em prantos pela perda de
pessoas amadas.
E gritei no desespero da dor e da saudade de não
tê-las mais.
Também sorri brilho nos olhos conhecendo o amor.
Por onde passei deixei minhas cartas sem
remetente.
Esperava que o Senhor do Universo as lesse...
Vieram em formas de poesias porque eram mais
rápidas para se entender.
E tentei buscar a conexão com cada elemento
Me vi nas estrelas, e interpretei sonhos estranhos.
Viajei por abismos da morte e conversamos muito
em noites escuras nas florestas.
E de quando falava e escutava o som de minha
própria voz mesmo, parecendo que falava sozinho,
sabia que Deus estava lá.
As pessoas escrevem cartas o tempo todo para o
universo...de amor, de sofrimento, de saudades ou
alegrias...
E as minhas se tornaram passaporte de entrada
deste mundo paro o mundo das lembranças...das
histórias.

A reposta do cosmo, é que o amor é tudo.
Por isso há magia em todas as cartas que escrevi....