Analogia ao primeiro amor

Quando decorre

do amor primeiro

o aviso incerto

não sabe se morre

ou desmaia inteiro

a alma em recorte

O rosto é rubor

um frenesi se espalha

o corpo tonto se agasalha

nos braços do primeiro amor

Respiração ofega

frêmito evolui os sentidos

mais e mais se agrega

o olhar aos traços enternecidos

O beijo, ah, esse detalhe!

cria de espasmos uma ciranda

a voz nem ata, nem desanda

os lábios ornados qual entalhe

O abraço se sucede

como quem carrega um andor

o corpo infla, não se excede

o impulso do primeiro amor

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 12/09/2016
Código do texto: T5758532
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