Analogia ao primeiro amor
Quando decorre
do amor primeiro
o aviso incerto
não sabe se morre
ou desmaia inteiro
a alma em recorte
O rosto é rubor
um frenesi se espalha
o corpo tonto se agasalha
nos braços do primeiro amor
Respiração ofega
frêmito evolui os sentidos
mais e mais se agrega
o olhar aos traços enternecidos
O beijo, ah, esse detalhe!
cria de espasmos uma ciranda
a voz nem ata, nem desanda
os lábios ornados qual entalhe
O abraço se sucede
como quem carrega um andor
o corpo infla, não se excede
o impulso do primeiro amor