A Morena e Eu
Me pedia poesia,
Não sabia o que dizer.
Sem ideia a calhar,
Nada em mente à escrever.
A morena do olhão,
Veio então à me convencer.
_ Tu me fazes poesia,
Dou um beijo em você!
Eu poeta como sempre,
Comecei a escrever.
De onde, não faço idéia,
Mas poesia vou fazer.
Ei morena, ei morena,
Ei morena, venha vê,
Com esse olhão que só tu tem,
Sou poeta, fiz poesia,
Poesia pra você.
_ A bata quando nasce, se esparrama pelo chão
E você linda morena já ganhou meu coração.
A morena não gostou!
Disse que essa que eu copiei.
Então pensei melhor,
E poesia eu refiz.
_ Ela pede poesia,
Encantadora ela é,
Cultua bons livros,
Adora café.
Sempre na alta estima,
Com ela não tem "migué",
Menina dos olhos grande,
Menina mulher.
Seu cabelo, preto e longo,
Quase chegando ao pé.
Usa óculos,
Batom vermelho,
Sorridente ela é.
Toda mandona, também
Educada, pois é,
Ninguém de fato é perfeito,
É só não pisar no seu pé.
A morena então gostou.
Disse, "tu és poeta mesmo"
Eu fique foi mesmo é bobo,
Depois que ela deu-me o beijo.