A Menina da Janela

Ela tinha estrelas no rosto!

Os leigos chamavam aquilo de sardas.

Eu, um reles louco,

Achava aquela magrela a mais bela da praça.

Seu sorriso amarelo, encantava.

Seu óculos quadrado, quase sempre a enganava.

Hora enxergava tudo!

Hora enxergava nada!

Extrovertia-se do nada.

Quase sempre na calçada,

De onde vinha a ler um livro

Com palavras engraçadas.

Seu cabelo ondulado.

Tava mais pra cacheado!

Divertia-se por inteiro,

Resolvendo raiz quadrada.

E da água para o vinho,

Vi a tarde virar noite.

E da noite para o dia,

Vi transformar-se aquela menina.

De menina à mulher,

Igual flor e primavera.

De sardenta, quatro olhos,

À mais bela, das mais belas.

Sim, era ela,

A menina da janela.

Denison Sousa
Enviado por Denison Sousa em 11/09/2016
Reeditado em 17/12/2016
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