A Menina da Janela
Ela tinha estrelas no rosto!
Os leigos chamavam aquilo de sardas.
Eu, um reles louco,
Achava aquela magrela a mais bela da praça.
Seu sorriso amarelo, encantava.
Seu óculos quadrado, quase sempre a enganava.
Hora enxergava tudo!
Hora enxergava nada!
Extrovertia-se do nada.
Quase sempre na calçada,
De onde vinha a ler um livro
Com palavras engraçadas.
Seu cabelo ondulado.
Tava mais pra cacheado!
Divertia-se por inteiro,
Resolvendo raiz quadrada.
E da água para o vinho,
Vi a tarde virar noite.
E da noite para o dia,
Vi transformar-se aquela menina.
De menina à mulher,
Igual flor e primavera.
De sardenta, quatro olhos,
À mais bela, das mais belas.
Sim, era ela,
A menina da janela.