Serenata de Amor

Serenata de Amor

Meu amor, teu amor,

Vivem do nada e do todo

Numa densa harmonia

Em actos de adoração,

E de prazer ofertado,

Sonegado ou mudo.

Meus lábios sequiosos

São teus mais íntimos,

Minhas mão ávidas,

Te buscam sem cessar.

Minha mente, em elos,

Te desnuda bela.

Enlaça-se ao servil corpo

E minha alma se dedica

Em ti, para ti, por ti, de ti,

Numa paixão submissa.

E o teu prazer é a serenata

Rasgada de teus segredos.

E meus sentidos fremem,

A cada acorde dedilhado

Efusivo de tons proibidos,

Do teu poder que me seduz

E me alimenta de suspiros,

Em eco, gritados, só teus...

Ondas e ondas de orgasmo

Nos invadem o espírito

E te arqueiam o corpo,

Em arco, desmoronante,

Ruindo estrondoso, feliz,

Fluindo néctares de seiva,

Do pleno, da luxúria, de amor.

Que nos arrebata, sublimes

Tu, amante activa, exigente,

Eu, demente de Ti, adorando

E, homem feito, rendido,

Me enleio mais e mais,

Em tuas doces carícias.

Submisso, mas indócil

Me anelo e deleito,

E juro-te amor, amor…

Juro, juro e mais juro

Te amar sempre eterna.

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 08/09/2016
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