Amar de olhos fechados
De punhos cerrados
Em silêncio
No escuro
Entre as lágrimas
Amar em surdina
Por detrás das cortinas
Abaixo das convenções
Subterraneamente
Ilicitamente
Amar exponencialmente
A projeção impossível
O limiar inatingível
As reticências
e os erros imperdoáveis.
Amar o demasiadamente humano
o burlesco,
o bizarro,
o anti-estético
o cisco
o cometa
a estrela e a lua.
Amar sobre as areias do deserto
Amar a seca
As folhas secas
Os espinhos de cactus
A rosa despetalada
E o polén perdido.
Os insetos em exame
Amar a primavera precoce.
O inverno glacial.
O outono a nos envelhecer
E amar por não ter escolha.
Pois viver é amar solenemente
nem que seja em negação
inconsequente.
Amar os contrários,
os paradoxos
e a inconsciência
nossa de cada dia.
De punhos cerrados
Em silêncio
No escuro
Entre as lágrimas
Amar em surdina
Por detrás das cortinas
Abaixo das convenções
Subterraneamente
Ilicitamente
Amar exponencialmente
A projeção impossível
O limiar inatingível
As reticências
e os erros imperdoáveis.
Amar o demasiadamente humano
o burlesco,
o bizarro,
o anti-estético
o cisco
o cometa
a estrela e a lua.
Amar sobre as areias do deserto
Amar a seca
As folhas secas
Os espinhos de cactus
A rosa despetalada
E o polén perdido.
Os insetos em exame
Amar a primavera precoce.
O inverno glacial.
O outono a nos envelhecer
E amar por não ter escolha.
Pois viver é amar solenemente
nem que seja em negação
inconsequente.
Amar os contrários,
os paradoxos
e a inconsciência
nossa de cada dia.