Nada novo no infinito tempo

Nada novo sob a lua

Ainda e de novo, nada muda

Continuo a esperar uma mensagem sua

Olhando os rostos que passam na rua

Lembra de mim quando vê a lua?

Ainda conserva a mesma alma pura?

Nada novo sobre a terra

Me lembro de como você era

Não em outra vida, mas nessa

Teremos paciência, sem pressa

E me pergunto: porque a gente erra?

Sei que vale à pena essa espera.

Nada novo no horizonte

Arrependimento sinto aos montes

Sei que errei... mas foi onde?

Sinto saudades: você está longe!

Venha me ver esta noite...

Vamos juntos atravessar a ponte!

Nada novo dentro de mim...

Minha vida continua assim.

Sou apenas perdição sem fim,

Mas te procuro no meu jardim:

Você é valioso como marfim...

E angelical como serafim!

Nada novo fora do velho:

Ali está o mesmo prédio,

Ainda está o mesmo tédio,

A mesma caixa de remédio,

E aquele humor: médio.

Peço mais uma vida, por obséquio!

Nada novo para se ver

Onde você passa... não posso prever

Minhas mensagens você sempre lê

Mas sempre sem me responder...

Suas ações não posso antever,

De te encontrar espero acontecer.

Nada novo no infinito tempo

Minhas forças caem cem por cento

À noite espero, sozinha, ao relento

Já não me parece um bom momento

Pra me perder no meu lamento

E o tempo passa muito lento

Ando, giro, espero, sento...

Começo a desistir do meu intento

Da culpa, você não está isento

Então eis que me confesso ao vento:

Te encontrar já não mais pretendo!

Ka Y
Enviado por Ka Y em 03/09/2016
Código do texto: T5749515
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