25 anos

Foi-se o tempo, como a lua,

Como o desejo do que cessou,

Como novo e velho, mais e menos,

Primavera, verão, outono e inverno.

Flores que florescem, chuva que cai,

E o mundo, outra fez, se unifica nesse tempo.

E com o passar do tempo, anos a fio,

Trouxe-me a esperança da mudança na história.

Seu olhar, cheio de desejo,

Seu jeito que me enlouquecia,

Seu perfume, que pregava em meu corpo,

E a solidão, que por tempos, me alucina.

Vejo então, na minha excêntrica visão,

A silhueta da esperada menina,

Que o tempo trouxe de volta.

Como o sol que brilha,

Sem medo, sem demora.

Porque nada mais importa.

E 25 anos depois,

Ao dobrar de uma esquina,

Tive a sensação que nunca fui embora.

Jorge Antonio Amaral
Enviado por Jorge Antonio Amaral em 03/09/2016
Código do texto: T5749444
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