Clausura

Clausura

Eu me liberto dos teus braços

Destes teus beijos doces

Donde floreá à luz

Que desde sempre me seduz

Dessa estrada que tem duas mãos

Uma me leva pra longe de ti

Outra me conduz direto pra  a dor

Que aperta  e atormenta meu coração

Que mal bate sem força nesse peito onde já

Morreu o fogo ardente da paixão

Que um dia dirigiu minha razão

Hoje vivo olhando de lado

Por não ter aquele amor do passado

Que voa nas asas da ilusão

Me deixando nesta escuridão

Que ilumina minha falta de razão

Orientando esse vazio

Que preenche meu coração

Esvaziando minha alma

Matando me aos poucos

Como uma planta longe da luz, da água  e da sombra

Sem ter você vivo essas verdades

Que me assombram

Que todo dia eu me erguia

Tão fraco que a qualquer momento

No chão me via

Tão lúcido ,tão vivo  ,tão sozinho

Que só de pensar na vida

Que sem você ,nem deve ser vivida

Enlouqueceu neste desejo

De voltar no tempo

E por um segundo poder está  feliz

Pois andando para a frente

Mais rápido que posso

Chego à conclusão

Que viver sem você

Só terei duas opções

Rasgo o peito com voraz fome do teu amor

Ou devoro à essência desse amor

Que está estranhado no meu coração

Todavia ainda me resta enlouquecer

E me perder nos caminhos

Da loucura dos descaminhos

dessa vida

Sair perdido descalço

Pra não deixar marcar as pegadas pelo caminho

Por que se um dia bater arrependimento

E voltando a razão

Que não reste nenhuma trilha

Que me traga de volta pra essa vida

Desse vazio de quem te amou

E sozinho viva nessa solidão...

Ricardo do Lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 01/09/2016
Reeditado em 22/03/2017
Código do texto: T5746582
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