Tumulto

Sou esta manhã cinzenta, brumosa, plena de ecos.

Sou a passada larga, a corrida, a água do fundo.

Sou eu a pausa, a imobilidade, o silêncio.

Sou por ti a espera, a cidade, o canto,

o raspar da voz ao toque dos teus dedos,

a boca, o sexo, a agonia, o gemido.

Sou a sede e a vontade, a força, a igualdade,

o sangue que se agita sempre que no amor

és a razão do meu tumulto.

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 31/08/2016
Código do texto: T5746261
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