Amor

Amor

Pó desta terra

Alma que se eleva alegra

Ora se enterra

Euforia deste momento

Rubra face em qualquer parte

Dela não há disfarce

Sufoca o grito na garganta

Alega ser forte

Esquece o bravo

Em gemidos mostra a sorte

Dono da sua verdade

Diante do que nela

Esconde a própria face

Aperta as mãos de tanto

nervoso

Estrala os dedos

Raspa o chão com pé

Apenas nervoso

Ensaia um grande discurso

Engole a seco as palavras

Nem domina mais a língua

Diante de quem tanto

deseja

Quis fazer o melhor

Ser dono da própria

retórica

Torna-se um monólogo

Onde parece ser mudo

O único desejo era recitar alguns versos de amor

Talvez um soneto dos mais inspirados  e apaixonados

Descrevendo todos os seus sentimentos

Quase explodido o peito

Era só amor

Devastador já não bastava

Uma flor , um buquê

Tudo seria pouco

Pequenos gestos

Seria  um louco

Talvez em grandes ritos

Ela entende-se

Que o que sinto

amor ,um grande amor

Que numa caixinha

Com uma aliança

Aos seus pés de joelhos

Entre lágrimas e juras de amor

Selaria nossas vidas

Nessa eterna história de amor...

Ricardo do Lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 30/08/2016
Reeditado em 20/03/2017
Código do texto: T5744667
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