Passa noite

Passa noite

Corre o tempo senhor de si próprio

E aqui estou sem dormir

Voa às horas

Mas cada segundo

Arrasta minha alma nesse tormento

Nessa solidão lugar comum

Atormenta minha mente

Pelo vazio, hora o frio

Selado pelo lacre da imensa noite

Do meu coração trêmulo pelo

abandono nessa escuridão

Das emoções negadas pelos

fantoches vazios pobres

Inanimadas criaturas movidas

Pelos ritos do seu dia a dia

Seres opacos abstratos

Além de surreal na dimensão

De não saber amar

Todavia apenas viver pra fazer o mal

Mesmo expressando emoção

Acima da razão

Falando de amor quando na verdade

Só sabia causar a dor

Alimentando-se da minha dor

Onde sorvia sem menor simpatia

O meu amor ! amor ! amor !

Que nem de longe soube dar valor

Hoje largado a minha sorte

Sinto às lacunas que ficou

Deitado na cama inerte

Essa esquife que me restou

Devora-me noite escura fria

Que de tu terei mais sorte

Do que o vazio da minha alma

Onde equilibro o meu medo

Tardio de ser o que restou

Daquele amante que diante de ti

Sem ressalvas declarou

O seu humilde amor com toda a emoção

Que invadia minha alma

Saltava aos olhos brilhantes

Do que morava no meu coração

Passa  à noite tardia que minha alma chorosa

Amargura-se dessa falta

de sorte pela maldade daquela

Que não me poupou da sua frieza

Maldade e real falta de amor...

Ricardo do Lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 30/08/2016
Reeditado em 21/03/2017
Código do texto: T5744432
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.