Despedida

Quantas bocas falam a minha boca

entre os muros e ruínas

sem rumo e sem nenhuma certeza

nem abaixo nem acima

na exortação da inocência pura

na face lívida e quente

quando olho a rua a tua procura.

Quantas bocas falam a minha face

na desventura da ausência do teu sorriso

que quando a mim chegasse

num aviso impreciso

uma letal bactéria

indescritível indiferença

prostitutas de uma vida de miséria

nesta mortal sentença.

Quantas lagrimas molham meus olhos

que jazem secos

que olham já sem rumo

que passam noites a chorar

envoltos e nuvens de fumo

copos de cerveja

que com certeza

são iguais a gotas de ácidos no ar.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 30/08/2016
Código do texto: T5744354
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