PLATAFORMA DE VOO
Amantes nunca conseguem o que pensam
ou concebem verdadeiramente. Tudo é busca.
Ações alteiam-se. O falar das mãos,
a parte que não pensa, a flama vivificadora...
O tempo é vinho túrgido fugidio.
Palavra se faz impotente perante os desejos.
E o querer ajoelha-se.
O amar retraz memórias de horas vazias.
Na plataforma de voo repousam artérias latentes
no sempre plausível medo de perder
O quê deste silêncio de exaustão...
O que então apagou a lâmpada ardente?
– Do livro POESIA DE ALCOVA, 2015/16.
http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/5742747