Crisálida
Crisálida
Porque tão triste desde sempre
Esconde-se neste teu casulo
Pendurada pela cauda
Nesse salgueiro chorão
Aleia à própria sorte
Que esconde de tudo
Por quanto tempo
Temerás o frio o sol
Até mesmo o vento que sussuras
Baixinho que teu maior medo
Ė o amor que de maldade
Te deixou envadiu teu ser
Por vaidade disse amar você
Quando nem saber o que
Era amor por ser vazio
Gostava apenas do som
Das palavras soltas ao ar
Crisálida triste revele-se
Pra luz rompe teu casulo
Não te aprisiona-te
Pelo medo de amar de novo
Lança-te na direção do perigo
Acalma teu coração aflito
Que nessa nova fase da tua vida
Terás asas pra voar
Voa voa voa vai bem longe
Vai alto viaje pelos caminhos
Da emoção deixa aberta à porta
Do teu coração permita-se amar
Bem vinda a vida que essa
Seja sua Primavera florida
Que o perfume do amor esteja
No ar
Pouse de flor em flor sem medo
Porque ao acaso num desses
Pousos por certo seu grande amor
Te aguardando lá estará...
Ricardo do Lago Matos