Crisálida

Crisálida

Porque tão triste desde sempre

Esconde-se neste teu casulo

Pendurada pela cauda

Nesse salgueiro chorão

Aleia à própria sorte

Que esconde de tudo

Por quanto tempo

Temerás o frio o sol

Até mesmo o vento que sussuras

Baixinho que teu maior medo

Ė o amor que de maldade

Te deixou envadiu teu ser

Por vaidade disse amar você

Quando nem saber o que

Era amor por ser vazio

Gostava apenas do som

Das palavras soltas ao ar

Crisálida triste revele-se

Pra luz rompe teu casulo

Não te aprisiona-te

Pelo medo de amar de novo

Lança-te na direção do perigo

Acalma teu coração aflito

Que nessa nova fase da tua vida

Terás asas pra voar

Voa voa voa vai bem longe

Vai alto viaje pelos caminhos

Da emoção deixa aberta à porta

Do teu coração permita-se amar

Bem vinda a vida que essa

Seja sua Primavera florida

Que o perfume do amor esteja

No ar

Pouse de flor em flor sem medo

Porque ao acaso num desses

Pousos por certo seu grande amor

Te aguardando lá estará...

Ricardo do Lago Matos

Ricardo Matos
Enviado por Ricardo Matos em 27/08/2016
Reeditado em 03/06/2019
Código do texto: T5741831
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