Flertes De Metrô
Avistei aqueles lindos olhos
Bela criatura enche minha boca d’água só de ver
Observar, querer ter
A pele selada à minha
Pobre alma tímida, a minha
Por não ter coragem de romper a barreira do se que se instala entre nós
Elaboro mil e uma teorias, adiando falar contigo
Emudeço minha voz
Mas no fundo eu só queria te ter
Conversar durante horas
Conhecer o teu ser
Constatar se a persona que imagino em todas as viagens existe realmente
Mas você me retribui o olhar e caio em perdição!
Penso em ir ao teu encontro, se contraem os músculos!
Perco o chão
Agarro-me nas barras gélidas da caixa metálica ambulante
Nossa bolha social em que nos encontramos todos os dias
Onde velhos e jovens circulam cotidianamente rumo aos seus destinos
Nesse lugar de encontros e desencontros
Mar de gente
Só tu me interessas meu fascínio
No entanto sua estação chega
Você desce
E eu preciso seguir.