Flertes De Metrô

Avistei aqueles lindos olhos

Bela criatura enche minha boca d’água só de ver

Observar, querer ter

A pele selada à minha

Pobre alma tímida, a minha

Por não ter coragem de romper a barreira do se que se instala entre nós

Elaboro mil e uma teorias, adiando falar contigo

Emudeço minha voz

Mas no fundo eu só queria te ter

Conversar durante horas

Conhecer o teu ser

Constatar se a persona que imagino em todas as viagens existe realmente

Mas você me retribui o olhar e caio em perdição!

Penso em ir ao teu encontro, se contraem os músculos!

Perco o chão

Agarro-me nas barras gélidas da caixa metálica ambulante

Nossa bolha social em que nos encontramos todos os dias

Onde velhos e jovens circulam cotidianamente rumo aos seus destinos

Nesse lugar de encontros e desencontros

Mar de gente

Só tu me interessas meu fascínio

No entanto sua estação chega

Você desce

E eu preciso seguir.

Vanessa Miranda
Enviado por Vanessa Miranda em 27/08/2016
Reeditado em 27/08/2016
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