Anonimato & Paixão

Matando-te

todos

os dias

em excessos,

camas

e corpos

outros,

alheios

(desviantes)

e anônimos

de nossa

fina

trágica

loucura.

Tocam-me

o cenho,

torso,

o ombro nu

desvelando-se

trêmulo

aos afagos

clandestinos

do enamoramento,

desfazendo

o nó

e o fel

do nosso

tempo.

Olham-me

nos olhos

esses outros,

talvez

com certa

previdência

do sabor

amargo

que é

tua lembrança.

ou

Talvez

entendam,

aqui é

o poema.

E o próprio

corpo

do poeta

é poesia.

Vini Miranda
Enviado por Vini Miranda em 26/08/2016
Código do texto: T5740270
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