INDIFERENÇA
É tão triste um amor assim
Que vive doendo dentro de mim
E tão doída ainda vem a noite
Desfrutar de minhas ilusões
Amor que nasce e não se explica
E toma todos os meus sentidos
Como me fazendo sentir dona
De um amor tão indiferente
E na indiferença eu te olho
E no vislumbre contento meus olhos
Quando mansamente te afago
E adormeço no teu braço
E minh'alma freme em dor
Enfurnada se põe a chorar
Ah, quanta dor em minha loucura
Se presa me vejo lucidamente!
E tudo é tão volúvel aos teus olhos
Quando em contentamento me arvora
E liricamente canta num verso
Matando a dor de minh'alma