VIVER EM RUÍNAS!
Não quero nem saber se tudo deu errado, se
meu corpo ostenta profundos estigmas, ou que
as circunstâncias tenham sido o caso do acaso
determinando as feridas existentes na minha vida.
Não importa que em meu modo de viver conste história
com alguns sinônimos para bem definir o marco
de tudo como os embates sem vitórias, e que
o meu rosto exiba visíveis sinas de derrotas.
Não importa se saquearam o que tinha de bom,
se fui alvo de ferozes assaltos muito deles
praticados por violentos algozes e que depois
tenha me tornado recluso de um severo passado.
Não, não importa não, aprendi viver uma eternidade em
apenas um minuto, consegui deixar um túnel sem
claridade como andei sem qualquer identificador
de obstáculos...
E depois de tudo consegui a luminosidade que
precisava, abandonei a ideia de especular o passado,
aprendi a raciocinar à luz dos fatos e acabei despachando
os caprichos que me-impuseram viver em ruínas...