Um, faz de conta que acontece.

Por um instante ele fechou os olhos.

Fingiu que fosse a primeira vez. Agiu

como se fosse a última. Amou como se

fosse a única. Abrasou-se em devaneio.

Ela disse que o tempo era ficção, teimosa

a saudade lhe disse que não. Era a distância

que não existia. E por onde quer fosse, bem

ali, dentro dela, ele também estaria...

O acaso mais uma vez fez de conta que o

encontro seria apenas coincidência. Mas,

o destino ainda crê que tudo acontece numa

sequência, por um motivo e por uma consequência.

Quando ele decidiu abrir os olhos e ela correu

ao seu encontro, o acaso escreveu outro conto.

E o destino? Foi namorar com a saudade para provar

que o tempo pode durar uma etern(a) Idade!

E não é que ele tinha razão? A mente não sente o que

o coração pressente. Então...Porque não imitar o acaso?

Viver como o destino vive? Durar o quanto tempo dura e

amar até sentir saudade? Podemos marcar o próximo encontro?

Autor: Augusto Felipe de Gouvêa e Silva.

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Poeta Curitibano
Enviado por Poeta Curitibano em 18/08/2016
Reeditado em 04/01/2017
Código do texto: T5732754
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