Um, faz de conta que acontece.
Por um instante ele fechou os olhos.
Fingiu que fosse a primeira vez. Agiu
como se fosse a última. Amou como se
fosse a única. Abrasou-se em devaneio.
Ela disse que o tempo era ficção, teimosa
a saudade lhe disse que não. Era a distância
que não existia. E por onde quer fosse, bem
ali, dentro dela, ele também estaria...
O acaso mais uma vez fez de conta que o
encontro seria apenas coincidência. Mas,
o destino ainda crê que tudo acontece numa
sequência, por um motivo e por uma consequência.
Quando ele decidiu abrir os olhos e ela correu
ao seu encontro, o acaso escreveu outro conto.
E o destino? Foi namorar com a saudade para provar
que o tempo pode durar uma etern(a) Idade!
E não é que ele tinha razão? A mente não sente o que
o coração pressente. Então...Porque não imitar o acaso?
Viver como o destino vive? Durar o quanto tempo dura e
amar até sentir saudade? Podemos marcar o próximo encontro?
Autor: Augusto Felipe de Gouvêa e Silva.
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