Cana esmiuçada

Há passos em falsos pela vida
Onde a brincadeira não é divertida
E nem meu lamento faz sentido
Nas ações de um coração bandido

No que arde em meu Ser o ser poético
A necessidade extrema pela inspiração 
Me torno lagrimas, risos, dor, amor e
Até mesmo em uma forte paixão...

Havendo perdão os pés caminham sós
E a mão estendida pode ser recolhida
Sem misericórdia, rancor ou dó
A visão faz o sentimento virar pó.

Enferruja a corrente e desfaz-se o elo
Como cana torcida e retorcida em vão
No abandono, esmiuçada sinto meu
Sentimento jogado ao chão.

Há somente um pedido em meu peito
E pede a gentileza de ser concedido 
Se há lembranças minhas em ti, esqueça
Dê-las aos ventos sem ressentimentos

Deixa-me só em teu abandono cruel
Sem necessidades de palavras que
Demonstre o teu desmedido fel
Não havia em mim pretensão senão...

A de ganhar seu coração, não consegui
E não mais tentarei, o desanimo agora
Tem nome e é o meu, teu melindrado
Ser faz de você um ser totalmente teu.