Transparente como as águas
Das lágrimas roladas
É esse amor que ainda grita em meu peito.
 
No espaço ausente de realidades
Meus sonhos invadem a razão
E desmantelam a serenidade
Do meu coração.
 
As cicatrizes não surgem apenas para machucar,
Cada traço deixado na alma
Rouba o riso que outrora surgia farto.
 
O amor não inventa um sentimento,
É o próprio.
 
O tempo apenas resguarda a vida,
O amor segue inventando as horas.
Vai pincelando os dias
Com um azul tão bonito
Que deixa as nuvens coradas de timidez.
 
E mesmo a dor insiste em afastar os espíritos,
O amor desenha uma saudade dentro dos olhos
Que não se apaga quando anoitece.
 
Ele desperta as emoções
Tingindo de estrelas os desejos.
Quem ama quer beijar o universo.
 
O grande labirinto da vida
Desafia os amantes
A morrerem antes
Que o próprio amor acabe.
 
Mas os amantes seguem
Entre os corredores de sonhos
Levando no peito
A silhueta da eternidade.
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 12/08/2016
Código do texto: T5726836
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