Ao homem da minha vida

Se você soubesse, não o faria

Correria para receber-me a porta

Seu silêncio que tanto me incomoda

Faz-me demasiadamente fria

Queria olhar-te as vezes

Sorrindo dizer que te amo

Sem ouvir ser ledo engano

Ao falso julgamento que fazes

Bastaria-me um abraço

Singelo, um tanto sem graça

Aquele onde a tristeza passa

Por vezes, meio de lado

E olhar para os pretos cabelos

Já escondidos entre os brancos

Que lembram o homem franco

Que foste em teus devaneios

Quando me pegaste no colo

E meio desajeitado disseste:

"Não tenho braço que preste"

Sabia que aprenderia logo

E hoje sou eu quem lhe peço

Que ignore minha falta de jeito

Enquanto me encosto em seu peito

Tendo ao seu coração acesso

É um pouco difícil, deu pra ver?

Não obtiveste êxito na prática

Mas para ser pai não precisa didática

Basta apenas ser você.

Isadora Franco
Enviado por Isadora Franco em 12/08/2016
Reeditado em 27/12/2016
Código do texto: T5726763
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