O colibri
Em pequeno espaço de tempo
centenas de dias a existir
busquei-te amor fajuto de ser
e nas angústias de querer-te
passarinho sem asas me vi!
O espaço na munha caiu
ao que por ti se encantou
e em teus laços cegos
como colibri me prendi
cego e tonto de amor.
Das angústias que inventei
ao teu lado ''vagabundo'',
grandes lições acendi
lágrimas de fogo chorei.
O meu dia hoje nasceu
entre as flores e os ventos
do meu existir!
Forjastes, ''malandro de lábia'',
ao sentir que nunca citou
e de saudade ferida hoje vive,
do colibri, que novas asas criou!
O colibri
por Daniel Cezário.