Lentamente
Quero morrer em teus braços, lentamente...
Fincado por entre o teu corpo e o teu ventre
No rasgo do teu desejo, por sobre o que sente,
Quero ouvir a tua voz em ti á dizer: Entre.
Assi, sôfrego, pelo teu corpo, docemente
Quero morrer em teus braços, como laços,
Hão de matar-me de amor, lentamente...
No teu caminhar hão de findar os meus passos.
Tudo para que saibas, que em ti quero morrer
Talhado por sobre a tua vida, o teu olhar
Pois só assi em gozo minh'alma há-de fenecer,
Morrer, lentamente em ti, e viver de amar.