A razão da minha dor

Diz poeta, como fui atrevida em chamá-lo de meu!

Se nem ao menos minha eu sou...

Hoje sinto o gosto do vazio

Por ter investido tanto em algo que não se concretizou...

Mais do que amada,

queria amar...

Mais do que ter-lhe,

queria cantar o seu nome e mais nada...

Então poeta, abri os meus olhos e

vi o quão sábio foi

enxergou além das minhas evocações de amor

e compreendeu que não era você a razão da minha dor.

Queria apenas um motivo,

um amor que se mostrasse impossível

para esquecer que a vida,

entre o vazio e o nada me deixou esquecida.