Efemêro Passageiro
 
Sandálias soltas no tapete do automóvel
e pés ansiosos, descalços, antes imóvei,
mas agora pisando fundo no acelerador da vida,
que não mais a vida vê como simples encontro e despedida.

Eu fui o teu efêmero passageiro
e, para mim, muito mais que um mensageiro
de voz amena e carícia no olhar.
Tu és a musa que vieste para o meu meu 
caminho iluminar.

Muita história de amor contei
e lágrimas incontidas derramei.
Mas a vida, pródiga, ainda me reservava
mais um belo capítulo que, 
sequer imaginava.

Mal sabia que o enredo
de tão bela história, segredo
deveria no coração guardar
como quem se ajoelha
e reza no altar.

Hoje sei que fostes apenas relâmpago
mas o que importa só o relâmpago?
Se, com ele, iluminastes
o caminho que comigo caminhastes.

Na minha estrada,
Deixastes mais do que uma balada.
A beleza dos seus pés,
com ternura gravado,
é maravilha que encanta o coração,
um dia, amado.

Roberto Gonçalves
Escritor
RG
Enviado por RG em 09/08/2016
Código do texto: T5723491
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