MEIGA

Oh, senhora, que repele desejos,

Que aos meus sonhos, chega sutil,

Que leva embora meus beijos,

E negocia minha vontade febril.

Como quem sorve vinho, na calma,

E alimenta a minh’ alma,

Como a uma criança inquieta.

Que promete o mel das flores,

Como a vida, que se vê ao longe,

Quando alguém fecha a porta,

Porque a direção, não importa.

Oh, senhora, que desnuda segredos,

Que por onde passa, encanta,

E desperta algo ardente no peito,

Com palavras que ao coração inflama,

Venha! Não permita ter fim essa vida,

Sem que sonhos se tornem reais,

Sem que haja findado essa lida,

E a existência se torne banal.

Jorge antonio Amaral
Enviado por Jorge antonio Amaral em 08/08/2016
Código do texto: T5722199
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.