Vestida de poeta
Viagem insondável
rumo ao cerne
do ser que
acredito ser eu
na bagagem
indagações
reticências
e prováveis
respostas
coração
superando
o medo
do invivível
ansioso
e valente
na prática
lenta
do amar
desmedido
caminho
regado
pelo vermelho
do sangue
quente
das veias
mesclado ao
branco e verde
e azul
signos
compondo
alma
menina
em corpo
de mulher
ignorante
da própria
sina
que a vestiu
poeta
para não
deixá-la
morrer...