EU, ESCREVENDO...  (palavras acesas como velas)
 
... e as palavras
fluem ao pensamento
como chuva em terras secas
que as sorvem sedentas.
Não posso perdê-las
e as escrevo
para que possam lê-las
os que, por convite, eu me atrevo
e chamo,
E compartilhem do que amo
 
Minhas palavras
são pensamentos de poeta
que fogem da mente lépidas
e contam, lá fora, quase segredos...
Todo poeta tem alma desnuda
Véus não a cobrem...
Em sua natureza impudica flutua!
 
Minhas palavras são pérolas...
Outras vezes,  pedaços inacabados,
descoloridos e desconcentrados
De um imaginário que assoma,
Às vezes perverso e vil
como se dono fosse do meu perfil.
 
Não posso fugir delas,
nem deixá-las jogadas.
Preciso escrevê-las
mesmo incompletadas...
Se forem encontradas,
serão lidas como cifras secretas,
De  simples, poderão, indiscretas,
revelarem o que escondo, o meu Eu,
por ser pura e simplesmente,
meu
e
só entendido por outros poetas!
 
 
Najet Cury, Março de 2016.
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Najet Cury
Enviado por Najet Cury em 07/08/2016
Reeditado em 07/08/2016
Código do texto: T5721598
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